Stan Lee morre aos 95 anos

Stan Lee na premiere  mundial de Os Vingadores, em 2012

Morreu nesta segunda-feira, Stan Lee, um dos criadores da Marvel. Quem deu a notícia primeiro foi o TMZ, conhecido portador das confirmações trágicas desde Michael Jackson em 2009.

Desde 2017,  Stan Lee passou por momentos conturbados. Perdeu a esposa (em julho de 2017), teve problemas de saúde. Foi alvo de acusações de assédio e apontado como vítima de abuso financeiro, entre outras coisas que acompanhamos pelo noticiário na internet. Nos últimos tempos, a saúde frágil o afastou de eventos públicos, mas, com ajuda de sua equipe, ele passou a ficar mais ativo nas redes sociais. 

Stan Lee é amado por muitos e odiado por outros tantos. Você pode saber um pouco mais sobre ele no livro Marvel Comics: a História Secreta.

Para uma grande parcela da população, ele era aquele velhinho que a gente se divertia procurando nos filmes. Um dos sonhos dele era entrar para a indústria cinematográfica. A julgar pela foto deste post, ele estava se divertindo muito. 

É difícil falar alguma coisa, até por medo de cometer injustiça com outras figuras que contribuíram tanto para criar o Universo Marvel e se foram antes dele. Por ter ficado mais tempo entre nós e ser uma presença constante, ele acabou se consolidando como o rosto que as pessoas associam à Marvel. 

Pensei hoje que as homenagens póstumas são mais para os que ficam, para levar solidariedade e conforto à família e a nós que encaramos a finitude da vida cada vez que alguém se vai. E quando esse alguém é conhecido por meio mundo, isso nos assusta porque que pensamos que eles são imortais.

Encerro este texto com uma mensagem sobre Stan Lee, e também Jack Kirby, Steve Ditko, Joan Lee, Flo Steinbert, John Buscema, e outros que já não estão aqui: a cultura pop é poderosa. A Marvel é algo que nos une no mundo inteiro, desde o século passado. Seja nos quadrinhos, nos games, nos filmes, nas séries. Os personagens e as histórias fazem parte das nossas vidas. 

Por causa desse universo, nós conhecemos pessoas, fizemos amigos (alguns podem até ter feito inimigos), fizemos famílias, escapamos da realidade quando necessário, encaramos ela de volta no papel ou nas telas digitais, descobrimos uma carreira (que o diga George R. R. Martin, das Crônicas de Gelo e Fogo). Talvez alguns até tenham encontrado uma razão para seguir em frente. Rimos, choramos, brigamos, fazemos as pazes. Enfim, vivemos. 

Obrigada por trazerem essa festa até nós.

Cris do Vingadores Deprê