Uma mulher mal compreendida



Bem, é véspera de Natal, o mundo todo está desejando Feliz Natal, fazendo compras ou arrumando a ceia... Aqui em casa é a mesma coisa, mas eu arranjei um tempinho pra realizar um post que venho elaborando HÁ ERAS na minha mente.

Uma das coisas que minhas amigas em geral e muita gente que me conhece sabe é que eu adoro a Scarlett Johansson. E me entristece muito pensar que quando o nome é dito a primeira coisa que você pensa é em peitos, bunda ou os dois.

Não que seja ruim ter corpo bonito, muito pelo contrário. Eu mesma sou prova disso - não que meu corpo seja bonito, quero dizer - visto que eu cheguei a pesar 99 kg e hoje em dia estou nos 73 kg que luto diariamente para manter. Deus sabe o quanto sou neurada com esse negócio de peso, manequim, roupa e beleza, tudo isso devido a um passado como gorda e um presente como uma ex-gorda que ainda se acha gorda.

Mas antes que eu abra minhas neuras todas para vocês e acabe perdendo o fio do post, deixem-me voltar a Scarlett.

Fico triste ao pensar que as pessoas ligam Scarlett logo ao CORPO e SÓ AO CORPO. O público masculino fala "gostosa" e o feminino fala "sem talento". Ela não é só isso.

Em todos os filmes que eu vi da Scarlett, ela se encaixou perfeitamente no personagem. Ela sempre pareceu buscar não dar margem para a crítica dizer que ficou "aquém". Scarlett me fez rir demais em Scoop - o grande furo e me fez chorar em Moça com Brinco de Pérola.

Um clássico exemplo de que Scarlett é muito mais que o rótulo de "gostosona" concedida a ela é o filme do início da carreira, Ghost World. Scarlett interpreta uma nerd anti-social com poucas ambições, o que definitivamente não tem nada a ver com a glamourosa e sexy diva que a mídia construiu ao redor dela. Aí vai uma das falas dela que eu mais gosto:


"Algumas pessoas são OK, mas na maior parte do tempo eu quero envenenar todo mundo"

Mas o filme que definitivamente é a sublimação da Scarlett pra mim é A Moça com Brinco de Pérola. Esse é um filme sobre o famoso quadro de Vermeer:


A obra é totalmente ficcional, sem relação verdadeira com a realidade, o que é ótimo. O filme ganha uma liberdade e um lirismo incríveis. A fotografia é bem sombria e o filme é totalmente introspectivo e intimista, o que quer  dizer que ele não é muito barulhento e é bastante focado numa perspectiva psicológica das cenas, situações e personagens. Não é qualquer  atriz que compra o desafio de fazer um filme desses, pois é preciso uma grande capacidade de expressar emoções pra encarar a produção. Scarlett fez isso perfeitamente. E fora que um dos pilares da história é o amor platônico entre a musa do quadro e o pintor, algo totalmente no plano das idéias, totalmente proibido, nada carnal ou sexual - o que quer dizer que dessa vez é Scarlett por ela mesma, pelo seu talento, não peito ou bunda de fora para desviar a atenção.

 Outro filme genial com ela é A Outra, que conta a história das irmãs Bolena em busca do coração do rei Henrique VIII.


Modéstia a parte, sou versada na história dos Tudors e li o livro no qual o filme foi baseado e posso afirmar com precisão que Scarlett incorporou perfeitamente Mary Boleyn, sentimentos, ações, olhares... TUDO. Qualquer um que leia o livro depois de ter visto o filme não consegue desvinculá-la da personagem, como no meu caso. E a premiadíssima Natalie Portman é quem fica a dever: Sua Ana Bolena é insípida, falsa e quase uma Regina George mal disfarçada no tempo dos Tudors - a outra Natalie, minha querida Natalie Dormer, essa sim dá um show de atuação como Ana Bolena no seriado da Showtime The Tudors. Sim, estou dizendo que Scarlett atuou melhor que Natalie Portman. Onde está seu deus agora?

E ademais, Scarlett é SIM de uma beleza indizível! Linda de morrer, Scarlett é tudo de bom: Vintage, sexy, diva, pseudo-Marilyn Monroe E TALENTOSA!



Bem, espero que meu post tenha alvitado ao menos o mínimo do mérito da grande atriz que é Scarlett Johansson. Espero que você leitor, tenha aprendido a enxergá-la de outra maneira.

Seguem os trailers dos filmes mencionados:


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