Thor: The Dark World se baseará em The Trials of Loki? Uma análise



Tava lá eu de boa na lagoa tomando meu Toddynho usual quando de repente *entra musiquinha de ação cafona* Cristiane Silva me aparece vestida de Jeannie, o Gênio /mentira/ num insight psicodélico boladão. Eu quase morro engasgada e finalmente ela me sugere uma matéria bem legal para eu fazer, tomando em parte uma ideia que começou no Tumblr e agora se espalhou pelos fãs da Marvel, mais especificamente de Thor.

"Uai, Luiza, mas o quê?", você caro cidadão me pergunta. Eu 'réspondu': Uma comparação entre a história de um dos famosos arcos das comics de Thor (na verdade do Loki, mas o Thor é a estrela então deixa a diva brilhar), chamado The Trials of Loki ou Os Julgamentos de Loki numa tradução livre, com o que até então sabemos do plot da sequência do Loirão, estando aí pra chegar nos cinemas dia 8 de novembro. (aí é a parte que você chora, tá?)

Depois que eu fui dando uma caçada por aí, eu descobri inúmeras semelhanças que PODEM INDICAR que o novo filme se utilize desses detalhes que surgem na trama ou quiçá da história por completo da HQ, mas não quer dizer que sejam realmente adaptadas para a tela.

Antes de você ler esse post, eu tenho dois avisos importantes:

  • Conterá SPOILERS. Então depois não venha amaldiçoando minha família até a décima quinta geração, porque eu avisei;
  • Eu REALMENTE do fundo do meu coração recomendo que você leia esse HQ, mesmo que eu dê uma resumida básica aqui para poder apresentar as comparações pra vocês. Vocês podem ler cada uma, em inglês, para deixar seus pais e professores orgulhosos, aqui: (Loki #1 / Loki #2 / Loki #3 / Loki # 4)
Certo, certo, depois das considerações, comecemos: [a partir daqui, os spoilers estão soltos]

A comic é, basicamente, uma narrativa de fatos passados emaranhados na trama principal, mas se diferenciando das outras HQs de Thor em dois aspectos: 1) A perspectiva é pessoal. 2) Os fatos são narrados pela perspectiva de Loki, e não do Deus do Trovão.

O bacana da estória é que, além de o leitor se envolver com a emoção da fala do narrador e começar a entender por trás das motivações do Deus da Trapaça - que não começou sendo nada mais que uma criança em um ambiente de dificuldades sociais - nós nos encontramos numa luta para decidir entre extremos: simpatizamos com Loki e acreditamos em suas afirmações ou nos colocamos ao lado de Thor, cuja sede de justiça incontrolável camufla um desejo irreparável de entender o irmão que, ao final das contas, é nosso desejo também? 

Um dos primeiros conflitos que se estabelecem é a divergência entre os dois irmãos sobre a perda dos cabelos dourados de Lady Sif (que Loki, numa travessura, cortou, e mais tarde teve que reparar o erro). Loki afirma que, depois de fazer tudo que os deuses o haviam pedido e ainda mais, fora vítima de uma injustiça e teve seus lábios cruelmente costurados pelo próprio irmão, insatisfeito com a brincadeira do mais novo e fora ridicularizado por toda a corte asgardiana. Thor (que está conversando com o outro no esconderijo em Midgard), interessantemente nega estes eventos, dizendo que jamais teria permitido tal atrocidade acontecer. Agora... Como podemos acreditar no Deus da Mentira, que, além de ser o melhor no que faz, vem sido devorado internamente por guerras psicológicas, pela insanidade e crescente amor ao Caos? Sua mente não estaria alterada, estaria ele inventando contos? Estaria ele imerso em suas próprias mentiras?

Esse é o diferencial dessa HQ e é por isso que a estória é tão rica. E é aqui que efetivamente começamos:

Lembram-se disso?


Uma das poucas fotos do set de Thor: The Dark World na Islândia, mostrando a cachoeira de Franang numa paisagem extremamente encantadora (e provavelmente gélida). Agora, ponho a seguinte imagem:


Parecido, não é? Trata-se da cachoeira situada no lugar onde Loki se escondeu em Midgard, fugindo do julgamento asgardiano depois da morte de Balder, o Bravo. Levanta-se a questão: sabemos que Thor 2 se passará um ano depois dos acontecimentos de Os Vingadores, tanto que Asgard começa já enfraquecida pela batalha contra os Marauders, como foi publicado na Empire Magazine. Teria Loki escapado de seu cativeiro para o mundo dos mortais? Há quem diga que esta cachoeira (a do set) na verdade faz parte do cenário da Ilha do Silêncio, o que é também uma teoria plausível, mesmo em desacordo com a própria geografia do lugar:

A Ilha do Silêncio, onde nenhum som prevalece e o gás emitido pelo vulcão enfraquece os asgardianos.

Um outro detalhe extremamente semelhante em ambas as histórias/plots é a descrição de Loki. Recordam-se do usuário no IMDB que nos contou sobre um trailer que ele viu  numa conferência da Disney em Londres e sobre a aparência do Deus da Mentira? Com barba, roupas rasgadas "parecendo um mendigo", gritando loucamente para o nada. A maioria acredita que, por causa desse último adjetivo, trata-se novamente da Ilha do Silêncio. Mas algo não lhe soa parecido com isso?:


Isso aí tá pior que o "Loki careca no meio do Olodum", minha gente. Ou ele não está se cuidando, como é no caso da comic (ele simplesmente precisa sobreviver às condições duras de isolamento) ou ele ainda está numa prisão em Asgard ou sei lá em Deus me Livre e a maioria das pessoas está pouco se lixando para a sua existência. Qual opção parece mais provável?

Resumindo: Eu, particularmente, acho quase impossível eles pegarem toda a história para adaptá-la, já que existem inúmeros aspectos que não batem com os filmes já lançados e/ou que sejam muito difíceis de ser introduzidos numa película tão curta. A exemplo, temos os próprios personagens, como as Nornes (As Graças da mitologias nórdica, a Passado, a Presente e a Futuro), o Balder... Com sua licença, deixa eu tirar um peso do meu coração... ONDE É QUE ENFIARAM ESSE MENINO, CAC*TE? TÁ COMENDO GRAMA COM AS VACAS? PORQUE É PRA ISSO QUE ELE SERVE A HISTÓRIA INTEIRA - mentira-...... Certo, agora que tiramos isso do caminho, retomemos... a própria Hela, Deusa de Hellheim, o Mundo dos Mortos, ainda nem sequer foi mencionada. Temos uma p*rrada de personagens a serem introduzidos para a estória adaptada fazer sentido.

Por fim, acho que o último e o menos solucionável problema é o fato da história da HQ ter uma fortíssima carga emocional e mostrar um enorme desenvolvimento do personagem principal. The Trials of Loki apresenta o mesmo no seu último estágio: A loucura, a monstruosidade, a total falta de caráter, juízo ou qualquer coisa que o prenda à ética ou leis morais. Não mais o Deus da Trapaça ou da Mentira, mas o Deus das Trevas, do Caos e da Insanidade. O Assassino dos Deuses, o Arquiteto do Fim do Mundo.

"Nenhuma lágrima... Nunca mais uma lágrima" - Loki, o Destruidor

Uma evolução dessas no filme seria o cúmulo do brilhantismo. Até agora, o que prevalece no nosso imaginário é que irá aparecer um Loki nem redimido mas também ainda não totalmente consumido pela maldade. Um Loki que faz o que quer, literalmente, mas que, ao mesmo tempo, da forma mais antagônica possível, afirma estar preso ao seu destino pré-ditado, sempre como o Deus que fecha as cortinas de Asgard.


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Baseado em postagem do Tumblr

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