Gabi em Os Supremos: uma fã dos filmes no mundo das HQs

Nunca escondemos de ninguém que nós, aqui dos Vingadores, não conhecemos absurdamente bem o mundo das comics. Mas a gente conhece a vida, o universo e tudo o mais, e no final é isso que importa. Onde, não conhecemos absurdamente bem é um eufemismo para: a gente não lê quadrinho. Mas tá lá, na nossa bio do Twitter, no subtítulo do site: fãs dos FILMES da Marvel Studios. Agora, se você tem problemas na leitura e interpretação de texto o problema não é nosso. 

Não lemos não por não gostar. Existem dificuldades em iniciar a leitura: não sabemos por onde começar; não há tempo; e, no meu caso existe o vício. Eu não sei parar. 

Justificativas feitas, estou aqui para dar o meu testemunho, já que depois de longos anos, graças a um querido, eu li Os Supremos, o arco das histórias dos Vingadores em que se baseiam os filmes.

Apesar de não lermos HQ's, pesquisamos all the time, e, por isso, esbarramos com spoilers das histórias. Então,  eu já sabia dos pequenos atos de violência doméstica de Hank Pym, do alcoolismo de Tony Stark e da babaquisse de Betty Ross. Mas, ler os quadrinhos proporciona uma experiência completamente diferente. Por isso, falarei brevemente (cof cof) da minha impressão das personagens:

Capitão América (arghh): continua lá, sendo o Capitão América e me irritando simplesmente por existir. Não discordo que o cara seja foda, um grande estrategista (não farei qualquer piada com a cena de Tropa de Elite) e assumo, se fosse para a guerra, eu o adoraria ao meu lado. Mas eu não gostaria de tê-lo como amigo, entende? Ao menos ele não é de todo bonzinho. Ele é bem babaca até - o que, para mim, já era de se esperar. Se intromete aonde não é chamado, chuta cachorro morto, bate em criança... Pensando bem, uma personificação condizente da sociedade norte-americana. 

Bruce Banner: Tidódobruce. O homem tenta se livrar do Hulk que há dentro dele, ao mesmo tempo que tenta reatar o seu relacionamento com a Betty Ross. Mas a mulher é uma megeeeera. Ela é o pior tipo de par romântico: mais do que não fazer nada, ela atrapalha. Aí, o Bruce vai virando cada vez mais loser, um trouxa ressentido e você, que começa com dó, acaba perdendo a paciência. Sabe aquelas pessoas tão deprimidas que em determinado momento você vai lá e entrega a faca de serra e fala: Por favor, acabe com isso, por todos nós? É isso.

Hulk: O Hulk é animal (ponto) Ele come "pessoas" (ponto) Ele "come" pessoas (ponto)

Tony Stark: Alguém desenvolvendo princípio de alcoolismo. Mas, tirando isso, é a mesma coisa que vemos nos filmes, é o personagem mais parecido ao meu ver. Até porque, o cinema teve mais tempo para trabalha-lo. 

Thor: Esse aí se redimiu pra mim. Porque o cara é um hippie com seguidores, no melhor estilo Inri Cristo. Ele é fuck the police, é resistência, #foralacerda (belohorizontinosentenderão). E ninguém o leva a sério, mas ele não tá nem aí. Chega contando altas histórias de Asgard, geral ignora, mas quando o bicho pega: Chama o maluco do martelo.  Gabi <3 Thor.  (Printa isso)

Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Nicky: Mesma coisa. Parece que as personagens são melhor desenvolvidas nos próximos volumes. 

Hank: Diferentemente do que foi dito por aí, em alguns casts, eu não me apaixonei por ele. O Hank é um cara polêmico, controverso, mas não consigo ver nele nem um anti-herói, nem um herói, apenas uma alma perturbada com super poderes. Ele é aquele amigo que ninguém sabe quem levou.  Salvas as devidas proporções, ele é o Stifler do American Pie. Ninguém gosta de verdade, ninguém convidou, mas tá ali e a gente sabe que em algum momento vai fazer merda. Ele é machista, preconceituoso, competitivo, estúpido. O que me leva a questionar o porque de eu supostamente me apaixonar por ele.  Não entendi. 

Vespa: Sou 2 cm menor do que ela, sim Brasil, ela tem 1,58 e eu 1,56. #chatiada. Mas, tirando isso, não sei como me sinto em relação a ela. Um volume foi pouco para isso. Ela é bem vitimizada neste, o Hank é o mal, mas, mesmo assim, ela adora o cara, defende ele...  Só não a achei tão piriguete quanto as pessoas diziam, aliás eu não a achei piriguete. 

Saldo final: 

* Todo mundo é, em algum nível, absurdamente escroto. Menos o Thor, que passou anos em hospitais psiquiátricos e é o mais lúcido. 

* É ótimo conhecer as personagens assim, mais humanas, mais reais e cheias de falhas, até porque eu sempre gostei foi disso. Das dicotomias, dos erros... 

*Fiquei feliz :D