Vingadores Deprê Indica: os Melhores Filmes de 2012 - parte 2

Dando prosseguimento à série inaugurada por Luiza Mohamed e Gabriela Rosa na semana passada, fechamos aqui a lista dos Melhores Filmes de 2012 - na nossa opinião. Não citamos Os Vingadores, porque não tem como citar esse tipo de coisa, né?

Mas vocês devem imaginar que, apesar de ter visto mais de uma vez, nossos suados dinheirinhos não foram só pra engordar os cofres da Marvel Studios, tiveram outras produções sim, e muito, loucamente boas! E se você até hoje não assistiu, salva esse post nos favoritos e corra desses filmes. Vamos lá?

Lista da Yasmim Deschain

007 - Operação Skyfall: O melhor filme de 2012 para mim. Fui criada na tradição de James Bond desde pequenina e nunca imaginei que algum filme do agente fosse chegar a maestria deste. Skyfall é genial: o enredo, as atuações, a façanha do Daniel Craig como 007 e Javier Bardem como Silva.

Ao mesmo tempo, as questões de um agente de meio século como a idade, a tecnologia, as dificuldades estão todas lá. Questões filosóficas pesadas; abordadas magistralmente, mas sem deixar de lado as cenas de ação de tirar um fôlego e um vilão realmente mal com motivos real e psicologicamente sólidos. Merecia o Oscar.

Batman - The Dark Knight Rises: Fechando com chave de ouro a trilogia do morcego. Esse filme é absoluta e totalmente incrível. É a cereja do bolo. Vemos o real motivo de Batman ser Batman e que para se tornar herói, um homem deve passar por uma trajetória que não cabe a qualquer mortal. É muito mais que um filme, é a odisséia onde morre o homem simples e nasce o eterno, o Homem Morcego. 

Mulher Gato me surpreendeu PRA CARAMBA, de uma FORMA EXTREMAMENTE POSITIVA. Anne deu show, sambou na minha cara e na da sociedade. Magra, linda, gostosa e porradeira. E com cacife pra dar uns pegões no Christian Bale (é porque quem pegou ali foi a Selina, Bruce todo paradão). Bane e Talia foram magistrais juntos, o Bane como fator terrorista e a Talia como a femme fatale do filme. O Espantalho divo e muso ainda fazendo participação especial. O enredo trás questões da psicopatia a sociopatia e anarquia social, junto com o nascimento do herói. Fantástico.

Valente: Finalmente um filme de princesa com uma garota de verdade. Merida é a primeira princesa da Disney com quem eu posso dizer: eu me identifiquei demais. Ela é masculina, gosta de lutar, é desajeitada, nada feminina. Resumindo: Sou eu. O conflito da Merida com a mãe é um conflito geral, de mulheres que são diferentes e tem que peitar a família. O filme mostra que achar o equilíbrio é o que importa. 

Eu também vi o filme com uma grande amiga e isso só tornou tudo ainda mais especial.  Ao mesmo tempo, é uma animação bem propensa para qualquer público: Bem feita, engraçada, com um roteiro fluído, belas imagens e uma linguagem fácil. Bom demais!

Lista da Cristiane Silva

Drive: o filme é de 2011, mas foi lançado somente no início do ano passado por aqui. Premissa meio batida: um cara sem nome (Ryan Gosling), que trabalha como mecânico e dublê durante o dia, pega uns bicos de piloto de fuga para assaltantes à noite. Envolve-se com uma mulher casada (Carey Mulligan), acontece uma merda e ele vai ter que fazer de tudo para defender a família (Oscar Isaac é o pai e o estreante Kaden Leos faz o filho, Benício). Só que o jeito como essa história é contada é o diferencial.

 A fotografia, a trilha sonora, os silêncios e os olhares. A calma e a violência repentina. Drive é lindo. Drive é tocante. Drive é romântico. Drive é agressivo. Drive é vintage. Eu já estava à beira das lágrimas nos primeiros acordes de “Nightcall”, e olha que se já haviam transcorrido uns 10 minutos de filme era muito.

Os Homens que Não Amavam as Mulheres: Noomi Rapace que me desculpe, mas a Lisbeth Salander da Rooney Mara é a mais fiel à personagem criada pelo sueco Stieg Larsson. A hacker punk conquistou fãs ao redor do mundo. Muita gente reclamou quando soube que David Ficher iria adaptar o livro, muito depois do lançamento da trilogia sueca nos cinemas, mas ele entregou um trabalho impecável. Pudera, porque era a história certa na mão do diretor certo (Se7ven e Clube da Luta que o digam).

 Foi incrível ver Daniel Craig fazendo um jornalista ferrado, o Stellan Skarsgard (nosso Eric Selvig) – não posso dar mais detalhes, e a abertura impressionante ao som de um cover de Imigrant Song, do Led Zeppelin. Palmas para a dobradinha Trent Reznor e Aticus Ross novamente. Que venha A Menina que Brincava com Fogo (pena que Fincher não vai dirigir...).

Prometheus: outro filme odiado pela crítica - e pelos fãs da série Alien – que eu simplesmente amei. Me apaixonei pelos personagens, desde a fria Meredith Vickers (Charlize Theron) até os Engenheiros (se alguém me der uma action-figure eu agradeço de coração). O que foi a dupla Elizabeth (Noomi Rapace, olha a moça de novo!) e David (Michael Fassbender)??? O que foi aquela cena do aborto???????!!!! *arrebatada* O que foi ver um trecho de Lawrence da Arábia no cinema (uma das maiores emoções da minha vida)??? Obrigada, Ridley Scott!

Queria que essas pessoas que odiaram tivessem visto o filme como eu vi: a eterna busca pela razão da nossa existência, de onde viemos, para onde vamos, por que nós estamos aqui. Várias referências ao cristianismo – que incomodaram muita gente, mas me encantaram e intrigaram. Aquela paisagem! O visual de Prometheus! Depois de Os Vingadores, foi o segundo momento mais marcante no cinema ano passado para mim, sem sombra de dúvida.

Espero que vocês tenham gostado demais esse Vingadores Deprê Indica! Na primeira edição nós falamos sobre livros. Acesse a parte 1 e a parte 2, e COMENTE!