Vingadores Deprê Indica: os Melhores Filmes de 2012 - parte 1

Os Vingadores foi um filme tão bom, mas tão bom, que não pode nem entrar nessa nossa lista. Ele é tipo o Clóvis Bornay dos filmes, é Oconcur. Quando chega na avenida sai todo mundo correndo, escondendo as suas fantasias de tanta vergonha. Mesmo tendo nos deparado com Os Vingadores, encontramos outros bons filmes neste ano. Então, aproveita que é férias, que o Megaupload voltou, que o Piratebay ta aí... E vem com a gente.

Na primeira parte você confere a minha lista e a lista da Luiza. Have fun!!!

Lista da Luiza 

Sherlock Holmes - Um jogo de sombras

É difícil não ir assistir um filme que tem essa belezura no pôster, né? Mas além de ter dois atores maravilhosos – RDJ e Jude Law – a história em si tem a mesma emoção e funciona tão bem quanto o primeiro filme.

Continuando a aventura do intrínseco e ardiloso Sherlock Holmes na companhia de seu amigo Doutor Watson, esse que está se casando e tentando se afastar da ‘vida loka’ que Holmes leva, os dois descobrem que Moriarty está tramando algo superior a qualquer coisa que já enfrentaram, algo que, se não for enfrentado, poderá abalar as fundações da sociedade européia na época, afetando tudo e a todos.

Com cenas de ações intercaladas com diálogos inteligentes (poxa, gente, é com o Sherlock, se não tivesse inteligência eu ia estranhar), o Jogo das Sombras insere personagens novos interessantes, como a cigana Simza Heron, que ajuda muito no percurso da trama, e não perde o passo como acontece em muitas sequências de outros filmes. Cenários de tirar o fôlego. Suspense até não poder mais. Jogos de câmera e CGI inacreditáveis. Quem não viu ainda, recomendo que pegue a cara estatelada no chão e veja, preparando-se, é claro, para o terceiro filme que já foi confirmado pela Warner.

Elementar, meu caro Watson... Elementar. (porque eu tinha que terminar com um clichê, cês não tão entendendo...).

A invenção de Hugo Cabret

A Invenção de Hugo Cabret é um dos poucos filmes que retrata com fidelidade o respectivo livro, com a mesma magia e o mesmo sentimento que sentimos ao passar a página do mesmo.

A história de um menino órfão na estação de trem em Paris 
dos anos 30, um passado obscuro e tristonho e um brinquedo, na verdade, um autômato. Uma história que fala sobre o mistério de um pai, o amor em pedaços de cineasta falido e a Grande Guerra. Foi um filme que pessoalmente me tocou muito, além de instigar muito a reflexão do observador. Ao longo da trajetória, o passado e o futuro de Hugo parece se conectar com a vida de George Meliès (O MANDARIM! Sir Bem Kingsley), um consertador de brinquedos rabugento que trabalha na estação em que Hugo vivia.

Contudo, ele nem sempre foi um consertador, muito menos rabugento.

Ao mesmo tempo em que tenta resolver o mistério envolvendo o autômato deixado por seu pai, Hugo ajuda a sobrinha de George, Isabelle, a desmascarar o passado destruído do tio e tenta fugir das garras férreas do Inspetor da estação, que o quer atrás das grades. Envolvente, emocionante, belo e complexo. Você não pode deixar de ver isso.

O Espetacular Homem Aranha

  

POR FAVOR, NÃO ME CHAMEM DE TRAITORA DO MOVIMENTO.

Nota: Eu nunca gostei do Peter Parker/Homem-Aranha. Até ver esse filme.

Se um filme consegue simplesmente apagar tudo que foi feito antes dele e consegue remodelar a sua visão já construída e segura de um personagem, é porque esse filme é EXTREMAMENTE bom.

Um filme que por fim acertou na história do Peter (e que finalmente acertou a namorada dele também...), que funciona e que não faz o Peter parecer um retardado loser, com um vilão foda e com alguma história por trás. Refizeram a trama do primeiro, e refizeram bem. Minha opinião é impactante? Deve ser. Os fanboys provavelmente vão me crucificar. Mas foi o único filme do Aranha que eu realmente gostei. Apenas.

Pode chorar Tobey Maguire. Eu nunca fui com a sua. Foi mal cara.

Lista da Gabi

21 Jump Street

Uma das melhores comédias que assisti nesse ano. Na verdade, a melhor. Para os mais velhinhos, como eu, mostra como a juventude mudou.  Atual, leve e divertido, aposta em gags, como era de se esperar, mas também é irônico. Não há nada de inédito em sua temática, mas isso não quer dizer necessariamente que não exista nada de inédito.  Um nerd e um popular, agora parceiros contra o crime, integram a equipe dos Anjos da Lei. Infiltrados em uma escola de Ensino Médio, devem combater o tráfico de drogas. Só que as escolas hoje são completamente diferentes do que em anos atrás.

Para quem já saiu do colégio, como é o meu caso, é interessante ver essa mudança e, a mim, deu até um pouco daquela sensação: Eu estava no lugar errado, na hora errada. Vale pelas gargalhadas, pelo Jonah Hill e, é claro, pelo Chaning Tatunn.

O Hobbit


Esse é óbvio, né?! 10 anos depois estou eu de volta à Terra Média.  E, na boa? Eu entendo o mimimi de quem achou o filme longo, achou arrastado, achou que tem uma narrativa não tão bem estruturada. Sim, eu entendo. Isso é um reflexo da sua infelicidade. Mentira. Entendo que é complicado para quem não está acostumado ao universo tolkiniano embarcar em 2h45 de filme numa boa. 

Mas, por favor, não compare o Hobbit ao Senhor dos Anéis em algo além da ambientação, das locações e das paisagens. De qualquer forma, para mim, foi incrível voltar a esse universo. Ver a queda de Erebor, que eu não esperava ver, assistir anões muito mais nobres do que eu esperava. Tudo bem que tem dois ou três anões elfos, anões colírio da capricho, mas... Quem se importa? O filme todo, que vi três vezes em um espaço de uma semana e meia, vale a pena pela tão aguardada cena das Adivinhas no Escuro.  Se você ainda não assistiu ao filme, espere por muitos ‘owwnnns’ nos momentos em que o Gollum aparece.

Shame

Como se não bastasse Fassbender pelado, Shame é um longa que parece ter sido escrito por Nelson Rodrigues. No melhor estilo, "A Vida como ela é..." Retrata pessoas impuras, lutando contra suas dificuldades e... perdendo. Como se não bastasse o bom roteiro, a utilização das câmeras e perspectivas transcende o ABC. 

É um filme pra dias densos, para se questionar e ver o bumbum do Fassbender. Mentira. A nudez, extremamente presente, passa a ter um papel secundário no longa diante do sofrimento do personagem principal... E é a vida como ela é mesmo: Problemas com a família, problemas consigo mesmo, dificuldade de aceitar a vergonha de ser quem você é. 

Não. Não chora, Fassy!!!!

Na quinta-feira, a gente posta a segunda parte da lista. Não saia daí. Quer dizer... Saia, assista aos filmes e depois volte.